quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Alemão, piloto de Santarém, desaparece e deixa aflitos seus familiares

Piloto Alemão Silva, de 58 anos, está sendo procurado há 12 dias pelos familiares (Foto: Divulgação)
Há aproximadamente 12 dias, um piloto conhecido como Alemão Silva, de 58 anos, está desaparecido. 
Ele teria sido vítima de um acidente com a aeronave que pilotava, no dia 11, quando foi fazer um voo para uma região na Venezuela. Somente na manhã dessa quarta-feira, 22, a família quebrou o silêncio sobre o caso. A Folha não conseguiu confirmar com a família a verdadeira identidade do piloto.
A cunhada dele disse que a família vive a aflição de não saber de forma concreta o que realmente aconteceu. 
“Nós estamos tão aflitos quanto a família dele, porque ninguém sabe de nada. Estamos aguardando. A gente já chorou, se desesperou porque ninguém dá sinal de nada. A última notícia que a gente teve foi a seguinte: sobrevoaram o local onde teria acontecido o acidente, mas ninguém diz nada. Não acharam nada e estamos nessa situação. Eu não posso confirmar nada”, disse.
O caso é mais misterioso ainda porque, desde o sumiço dele, a família não recebeu informações nem foi procurada pelos órgãos responsáveis pelas investigações ou apuração de acidentes aeronáuticos. “Parece mentira, mas realmente ninguém sabe de nada. A única coisa que temos certeza é de que ele está desaparecido. Também sei que a filha dele tentou entrar em contato com o Itamaraty, mas não sei dos detalhes”, ressaltou.
Sem uma resposta, resta o sentimento de revolta pela falta de informações e de esperança de que ele esteja vivo. “Minha irmã [com quem o piloto tem um filho] está revoltada porque ela acredita que as pessoas sabem, mas não querem dizer. Entregamos nas mãos de Deus. Estamos orando para que ele esteja vivo. É o pai do meu sobrinho. A gente sente muito porque ele é louco pelo filho. É estranho para todo mundo. É um negócio muito estranho”, frisou.
Segundo informações colhidas pela Folha, o piloto prestava serviços para a empresa Paramazônia Táxi Aéreo, a mesma que registrou dois acidentes com aviões em julho deste ano, mas já não pilotava para a empresa desde que ela teve a licença suspensa para voar.
No dia do desaparecimento, pilotos de aeronaves teriam informado em um grupo de mensagens instantâneas que o monomotor pilotado por “Alemão” teria batido em uma serra e explodido. 
A Folha tentou informações junto ao Centro de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) e também junto à Força Aérea Brasileira (FAB) a fim de que confirmassem o acidente.
FAB – A Força Aérea Brasileira entrou em contato com a Folha, no começo da noite de ontem, para informar que continuava apurando o caso e que por esta razão ainda não teria uma resposta sobre o acidente, por isso, somente nesta quinta-feira, 23, emitiria uma nota oficial.
A assessoria de comunicação explicou que, o fato de depender de outros órgãos para ter informações seguras impossibilitou a emissão de um parecer dentro do prazo estabelecido pela equipe de reportagem para concluir a matéria sobre o caso. (J.B)

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