segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Oposição faz reunião em Brasília para fechar estratégia de impeachment

dilma-rousseff
Líderes da oposição se reúnem na noite desta segunda-feira (12), em Brasília, para fechar uma estratégia conjunta sobre a abertura de um processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Antes, alguns integrantes da oposição devem fazer uma consulta ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Simultaneamente à reunião dos oposicionistas, o ministro da Secretaria de Governo,Ricardo Berzoini, recebe deputados petistas no Palácio do Planalto para organizar a reação do governo. Entre os oposicionistas, cresce o entendimento de que o melhor cenário seria o acolhimento por Cunha do pedido de impeachment apresentado pelos juristas Hélio Bicudo (ex-PT) e Miguel Reali Junior. Para respaldar a decisão do peemedebista, a oposição deve aditar ao pedido a posição do Ministério Público Federal junto ao Tribunal de Contas da União que já reconhece que houve pedaladas fiscais em 2015.
“Isso irá fortalecer o acolhimento por parte de Cunha”, observa um líder de um dos partidos da oposição.
Mesmo assim, o deferimento imediato por parte de Cunha não é consenso entre os oposicionistas. “O roteiro original poderia dar mais legitimidade, já que Cunha está com a credibilidade arranhada. Por isso, seria melhor ele rejeitar. Em seguida, haveria um recurso para votação em plenário”, argumenta outro líder da oposição.
Para a oposição, o fato da Procuradoria Geral da República ter divulgado a informação com detalhes da movimentação das contas de Eduardo Cunha na Suíça enfraqueceu a posição do presidente da Câmara, justamente no momento em que o pedido de impeachment seria analisado na Casa.
Cresce na oposição o sentimento de que Cunha pode mudar de posição e acolher o pedido de impeachment. Mas, com o adendo da oposição, ele iria aguardar mais alguns dias para definir sua posição.
Oposicionistas também avaliam que a situação política de Cunha é muito delicada. E que o ideal seria ele renunciar à presidência da Câmara. Neste caso, ele ganharia apoio no Conselho de Ética para manter o mandato.
“Como muitos parlamentares estão na mesma situação, o mais prudente seria esperar uma decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal”, observou um líder da oposição.

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